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Coluna do Olavo: Obrigado!

Olá amigo leitor! Tudo bem contigo?

Esta é pra mim, assim como para muitos outros, a última semana de trabalho antes das férias/recesso. Confesso que tem sido uma semana extremamente difícil e custosa. Apesar de o corpo e o raciocínio suplicarem por um trabalho ágil e eficaz, a mente, que já trabalha com a ideia de férias (e antecipa esta ideia), não acompanha o corpo e o raciocínio. É uma briga minha, comigo mesmo. Tenho tanta coisa pra fazer mas as férias estão tããoo pertinho...

Confesso a vocês que este conflito foi um dos principais motivos pelo atraso do texto da semana da Coluna do Olavo, o qual, desde já, peço desculpas.

Ainda, acredito que este conflito interior não ocorra apenas comigo, certo? Hein? Pois bem! Por este motivo, resolvi utilizar-me deste texto para fugir um pouco de assuntos jurídicos e fazer um texto de encerramento de ano.
Como não poderia ser diferente, quando chegamos ao fim (neste caso o fim é apenas do ano) é que lembramos do começo e toda a trajetória. Por este motivo, alternativa não resta senão o agradecimento a você, amigo leitor, pelo apoio, críticas, sugestões, dicas e tudo mais que é feito em relação à Coluna do Olavo. Escrever e gravar para você sobre coisas que eu gosto, realmente é algo que tem alegrado minha semana. Encerro o ano com muito entusiasmo, planos  e vontade de fazer mais e melhor, a cada semana!

Bom, feita esta breve introdução, peço licença para escrever sobre algo que não assuntos jurídicos ou sobre a Coluna do Olavo.
Certo dia, em um daqueles momentos em que a mente viaja muito além do que se está vivenciando, me deparei com pensamentos sobre o tempo. O tempo é algo incrível.

Se pensarmos no tempo de forma objetiva, é algo até mais simples. Mas o que, de fato, é o tempo? Um lapso temporal? O passar do tempo? É complicado achar uma definição adequada. Se você tentar procurar no “Oráculo Moderno”, salvador dos desesperados, o Google, ele te apresentará diversas informações sobre o tempo como clima (sol, chuva, temperatura, etc.). Não é deste tempo que eu falo, é do tempo representado por segundos, minutos, horas, etc.

A definição de tempo não pode ser confundida com uma unidade de medida de tempo, como segundos, minutos, horas, dias, meses, anos. A definição de tempo também não pode ser definida como um “lapso de tempo”, pois assim estaríamos definindo “algo” com parte deste “algo”. É difícil, né?
Eu não consigo elaborar uma definição adequada para o tempo. O tempo apenas é, sempre foi e sempre será o tempo. Ele apenas continua a passar, sem possibilidades de ser parado, avançado ou retrocedido. Enquanto vivemos, vamos preenchendo parte do tempo com nossa vivência, escolhas e atos. É como uma linha eterna, que nunca para de correr, onde a gente, a cada fração de segundo, vai adicionando marcações à esta linha e, uma vez adicionada a marcação, alí ficará para sempre, não importa o que façamos.

De qualquer forma, esta é a parte mais simples de se pensar sobre o tempo. O que de fato me encanta sobre o tempo de forma subjetiva, como cada um de nós percebemos o passar do tempo.

Para alguns, o tempo passa muito rápido; para outros lentamente. Em algumas situações, o tempo voa; em outras, o tempo se arrasta. Algumas situações demoram muito quando estão acontecendo e, quando passadas à memórias, passaram como um estalo de dedos; outras situações passam como um estalo de dedos quando estão acontecendo, porém quando se tornam apenas lembranças, parecem ter durado por muito tempo. Não é algo incrível?
Certa feita, nos tempos de despedida da faculdade, uma amiga (a qual sinto muita saudade) postou uma foto e escreveu um post de “despedida”. Naquela oportunidade escrevi algo sobre o tempo, que hoje, quase dois anos depois, me permito a copiar:

“Dizem que a expectativa de vida do brasileiro é de, mais ou menos, 75 anos. Carrego meus quase 25 nas costas, ou seja, já vivi 1/3 da minha vida. 1/3 é muito pouco. Se tirássemos 1, na prova de 3, era muito pouco e sairíamos tristes. Se tirássemos 2.3 na prova de 7, era muito pouco e sairíamos tristes. Se ficássemos até a 01:00 em uma festa que começou as 22:00 e acabou as 07:00, era muito pouco e sairíamos tristes. Se bebêssemos 1/3 do que compramos, era muito pouco e sairíamos tristes. 1/3 sempre foi muito pouco pra nós. Éramos acostumados a beirar os 100%. Ficávamos até o fim da festa, bebíamos até acabar (ou quase), tirávamos boas notas (afinal, todos aprovados com, no mínimo 7, logo, mais do que 2/3). Portanto, seguindo esta linha de raciocínio, deveria estar feliz por ter vivido muito pouco ainda da minha vida. Entretanto, ter vivido este último ano da faculdade com vocês me faz pensar de forma diversa. Posso dizer que aproveitei a companhia de vocês de 10% a 20% da faculdade (o último ano ou o último semestre). Posso dizer que aproveitei a companhia de vocês em 4% do que eu vivi e em 1.33% da minha vida inteira. Foi pouco e gostaria que tivesse sido mais, saí triste, sim, mas também muito contente. Contente pois uma das grandes alegrias da minha vida foi ter conhecido cada um de vocês.”
Copio este texto pois rotineiramente lembro de cada uma das amizades que conquistei ao longo do tempo, e são estas amizades as responsáveis pelas maiores discrepâncias na noção subjetiva da duração do tempo, de quanto demora para o tempo passar para cada um, em cada situação. São as amizades, das quais sinto muita falta, que fazem o tempo parar ou voar na duração de um mesmo minuto, formado por 60 segundos.".

Já escrevi bastante e o texto está ficando longo, por isso finalizo agradecendo por cada uma das amizades e parceirias que conquistei ao longo do tempo. Tenha certeza que você, amigo leitor, que está agora lendo este texto, por mais que não seja um amigo de grande contato, é muito importante para que eu continue sempre avante no projeto da Coluna do Olavo! Obrigado!

Para acabar o texto desta semana, e juro que vai acabar mesmo, copio um texto meu, que postei no Facebook, onde tive a oportunidade de falar um pouco sobre as amizades. Espero que gostem:

“E em mais um desses meus momentos de sede pelo conhecimento idiota, me surpreendo acessando um dicionário online à procura do significado da palavra “amizade”. Não que amizade seja uma coisa idiota, longe disso, mas, quem no mundo não sabe o que é amizade?
Pois é... Acontece que o resultado da pesquisa foi frustrante. Segundo o dicionário online Priberam, amizade (latim vulgar amicitas, -atis) é: “1. Afeição recíproca entre dois ou mais entes; 2. Boas relações”. Confesso que esperava algo mais do que essas simples afirmativas.
Não contente, fui à busca da palavra “afeição”. Resultado: 1. Afeto, amor, amizade (maaaais ou menos); 2. Apego, gosto, inclinação (É sério? Gosto? Inclinação?!); 3. Parcialidade favorável (?!). Tá bom! São bons resultados para explicar o que significa “afeição”, mas, se levado em consideração que amizade é uma afeição recíproca entre dois ou mais entes, eu não me sinto satisfeito em dizer que amizade é “uma parcialidade favorável (ou uma inclinação) recíproca entre dois ou mais entes”. Não mesmo! Depois disso, desisti da possibilidade de procurar o significado de “relações”, pra divagar sobre a explicação de amizade é sendo “boas relações”.
Nesse confuso momento em que tento achar um significado pra palavra amizade, tudo me leva em pensar em felicidade. Uma rápida passada de olhos no mesmo dicionário online e já desisto dessa empreitada. Será que estes dicionários não são satisfatórios em explicar o que significa amizade ou felicidade porque é algo, de certa forma, dificílimo de explicar em palavras? Será que quem escreve o significado das palavras é preguiçoso e não quis fazer todas essas considerações que eu perco tempo fazendo? Sei lá!
Vi um vídeo alguns dias atrás onde o professor Clóvis de Barros Filho, em entrevista no Programa do Jô, define um momento de felicidade como sendo “um momento em que você gostaria que não acabasse tão cedo, um momento que você desejaria à eternidade, um momento que você gostaria muito que durasse mais tempo”. Eu concordo. E sabem por quê? Porque me sinto feliz quando estou com vocês. Uma simples janta com uma jogatina de Uno poderia durar alguns anos e não seria demais. Uma noite de espetinhos poderia durar o tempo de uma faculdade e não sairíamos formados. Uma bebedeira poderia durar 23 anos e ainda seríamos crianças. Uma conversa de whatsapp poderia durar 9 meses e não nasceríamos ainda. Nada parece durar tempo bastante pra se tornar suficiente. Sei lá, agora, idiotices como ficar durante uma hora, olhando um pra cara do outro, sem querer ir embora, pra ir direto pra aula, essas horas não parecem mais idiotices, uma vez que eu não queria que momentos como aqueles não acabassem.
Mas um dia acaba. Um dia acaba e surgirão outras coisas que farão que eu passe por um momento que não gostaria que acabasse nunca! Uma coisa, porém, nunca acaba: as lembranças de momentos felizes que passei. Posso dizer, e dar certeza, que esse semestre está valendo pela faculdade inteira, cheio de momentos em que não queria que acabassem! E isso por causa de vocês.
Nossa, escrevi pra caramba e já me perdi da pretensão inicial de descobrir o que significa amizade, apesar de agora já ter elementos suficientes pra poder formar o meu próprio conceito (um dia vou escrever um artigo científico sobre isso).
De qualquer forma, pra quem chegou lendo até aqui, ficam meus sinceros e profundos agradecimentos. Obrigado por fazer 6 meses valer por 5 anos! Obrigado por me propiciarem momentos felizes e obrigado por serem meus amigos!
Acho que é só...”

Então é isso! A Coluna do Olavo entra em férias, mas volta o ano que vem com muito ânimo e muita novidade! Fique atento!

Obrigado pela leitura! Desejo a você muito sucesso! E até breve!


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